quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011

O VAZIO DAS PALAVRAS

O VAZIO DAS PALAVRAS!


Tua palavra dorme no silêncio
de um conto de Proust.
Encanta-me o vazio das palavras
Sem aquela carência infinda

Em meio a ruídos do pensar
Aplaco o silêncio com um gesto
O mesmo que me faz deslizar
No cheiro da tua pele [força que preciso]

Hoje eu te dedico uma palavra
Uma palavra de lamento
Buscada no infinito,
Pedaços de mim [que se diluíram]

Hoje eu te dedico um verso
Um verso cansado e carente
De quem sonha
Com a tua imagem [alimento de minh'alma]

Ouço os cânticos tristes,
Olhares em vão [busca infrutífera]
Dos que não falam mais de amor
Pois não vislumbram amanheceres

[Impossível conviver com a dor
de quem não ama
]
* * * * * *(Foto: Silencio, de Daniel Pedrogam

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