quinta-feira, 25 de agosto de 2011

A DISTÂNCIA ENTRE O QUE DIZEMOS E O QUE SOMOS




  
A DISTÂNCIA ENTRE O QUE DIZEMOS E O QUE SOMOS


O apelo por um estilo de vida íntegra não pode ser divorciado do apelo por um testemunho coerente e responsável (Ef 4.1; 1 Tm 3.6-7).

Por que a nossa prática evangelística provoca um impacto tão insignificante? Ninguém pode ler os primeiros capítulos de Atos sem notar que a igreja naturalmente partilhava de seus bens e da vida de seus membros. Demonstrava o amor de Deus entre eles onde pessoas se sentiam atraídas a Jesus de modo quase irresistível (At 2.42-47).

A credibilidade da mensagem divina tem diminuído seriamente toda vez que a contradizemos com nossas próprias vidas.  Quantas vezes não temos desfeito a influência da santa palavra através de um viver desleixado ou de uma conduta contraditória. Qualquer dicotomia entre o que dizemos e o que somos decresce nossa aceitação aos olhos de nossos ouvintes.

O compromisso cristão de anunciar o evangelho vai ao ponto de identificar nossas atitudes e conduta de vida. O Senhor nos chamou por inteiro e é por esta totalidade que ele deseja realizar a sua obra redentora. Não deve haver trincas, dúvidas, diferenças quanto ao que dizemos e o que somos. A vida cristã é tremendamente uma vida coerente.

É impossível proclamar, com integridade a salvação de Cristo, se Ele ainda não nos livrou do pecado. A salvação é mais do que perdão, ela inclui libertação da escravidão do pecado, nossa convicção deste fato e união total com Cristo. É impossível anunciar com credibilidade o senhorio de Cristo se não somos mordomos fiéis de nosso legado. Pregar Jesus como Salvador qualquer um faz, mas demonstrar no viver o senhorio de Cristo é fundamental para a credibilidade do evangelho (2 Co 4.5-6). 

Não podemos proclamar o amor de Deus e fecharmos as portas de nossos corações para os necessitados. Somos indiferentes a tudo isso? Como alguém acreditará que o amor de Deus está em nós? Nunca podemos dar a alguém aquilo que não temos  (1 Jo 3.16-18).
Jesus se torna mais visível e aparente quando os crentes cuidam uns dos outros. Com tristeza ouvimos crentes falar maus de alguns irmãos. Parece o estilo de Laodicéia que tinha tanto orgulho em ser igreja próspera, mas Jesus estava do lado de fora dela. Responda: como alguém pode interessar em Cristo numa igreja que demonstra total contradição (Ap 3.20)?

É triste ouvirmos de pessoas que a igreja precisa mudar seu sistema de ser e sua liturgia. São desculpas esfarrapadas que Deus não as aceita. Não devemos mudar o que Deus fez com perfeição. A culpa não está no estilo ou sistema da igreja. Devemos sim proclamar não simplesmente uma mensagem, ou uma denominação religiosa, mas acima de tudo uma pessoa – Jesus Cristo. Não apontando para os lados, mas para dentro de si mesmos. Só a graça bendita do Senhor pode fazer com que nós permaneçamos fiéis, vivendo verdadeiramente aquilo que pregamos - Jesus Cristo Salvador e Senhor (Gl 2.17-20).

Até nosso próximo encontro,

Rev. Adalgiso do Vale

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